
O valor da saca de café varia diariamente e é resultado de uma combinação de elementos. Conhecê‑los ajuda a interpretar as oscilações do mercado.
1. Clima e condições agronômicas
Secas prolongadas, geadas e temperaturas elevadas reduzem a produtividade das lavouras e derrubam a oferta de grãos. Eventos climáticos como El Niño e La Niña alteram os volumes produzidos no Brasil e em outros grandes fornecedores. Quando a produção cai, o preço tende a subir.
2. Oferta e demanda mundiais
O café é um produto global: cerca de 70 % do arábica brasileiro vai para o exterior. Uma safra recorde em países como Vietnã ou Colômbia pressiona as cotações para baixo, enquanto uma quebra de safra eleva os preços. O crescimento do consumo de cafés especiais em países desenvolvidos e o avanço do mercado asiático estimulam a demanda e valorizam o produto.
3. Câmbio e preços internacionais
Como o café é negociado em dólar nas bolsas internacionais, a cotação do dólar frente ao real impacta diretamente o preço recebido pelo produtor brasileiro. Real desvalorizado significa mais reais por saca exportada, o que pode manter as cotações internas elevadas. Entenda melhor essa relação no artigo como o dólar influencia o preço do café.
4. Estoques e especulação
Estoques baixos deixam o mercado sensível a variações de clima e câmbio. Operadores antecipam compras no mercado futuro para se proteger de possíveis escassezes, o que puxa as cotações para cima. Já quando há abundância de estoques, os preços tendem a recuar.
5. Custos de produção e logística
Fatores como mão de obra, adubos, energia e transporte também influenciam a rentabilidade da cafeicultura. A infraestrutura de estradas e portos afeta a competitividade do produto brasileiro no exterior.
Para ver como esses fatores se refletiram nos valores de 2025, leia o artigo Por que o preço do café está alto em 2025 e acompanhe nosso histórico de preços.