O café é uma das bebidas mais consumidas no mundo e no Brasil predominam duas espécies comerciais: arábica (Coffea arabica) e conilon (Coffea canephora). Cada uma possui características próprias de sabor, cultivo e uso industrial.
Café Arábica
O arábica é cultivado em altitudes mais elevadas e climas amenos, especialmente em Minas Gerais, São Paulo e parte do Espírito Santo. Suas bebidas são mais aromáticas e complexas, com notas doces e acidez equilibrada. A planta tem porte menor, folhas mais escuras e produz grãos ovais e alongados. Por ser sensível a pragas e exigir manejo cuidadoso, o custo de produção é mais alto e o preço final também.
Café Conilon (Robusta)
O conilon, também chamado de robusta, é cultivado em regiões de clima quente e baixa altitude, como o norte do Espírito Santo e a Amazônia. As plantas têm vários ramos, folhas maiores e verdes claros, além de grãos menores e arredondados. Possui alta resistência a doenças e seca, rendendo produtividade maior. Por isso, o conilon costuma ser até 20 % mais barato que o arábica e é muito usado para blends, cafés solúveis e espresso devido ao sabor mais amargo e alto teor de cafeína.
Que tipo escolher?
Consumidores que apreciam uma xícara mais suave e aromática tendem a preferir o arábica. Já quem busca força e corpo pode optar por misturas com conilon. As cafeterias artesanais utilizam microlotes de arábica para cafés especiais, enquanto a indústria equilibra custos e sabor mesclando os dois. Entender essas diferenças ajuda a valorar cada produto e acompanhar as variações de preço no mercado. Para saber por que as cotações estão em alta, leia o artigo Por que o preço do café está alto em 2025.