
O preço do café é formado no mercado internacional e negociado em dólar nas bolsas de Nova York e Londres. Isso significa que a variação da moeda norte‑americana influencia diretamente quanto o produtor recebe e o consumidor paga.
Por que a moeda é tão importante?
Quando o dólar se valoriza frente ao real, cada saco exportado rende mais reais ao produtor. Em 2024 a moeda americana permaneceu acima de R$ 5,00, o que ajudou a sustentar as cotações internas apesar da oferta limitada. Por outro lado, um real fraco encarece insumos importados, como fertilizantes e defensivos, e pressiona os custos de produção.
Efeito para o consumidor
O Brasil exporta a maior parte do café arábica que produz. Com o dólar alto, as empresas preferem vender no exterior. Para o consumidor doméstico, isso se traduz em aumento de preço nas prateleiras e cafeterias. A pesquisa do Cepea mostrou que o valor pago ao produtor subiu mais de 150 % em 2024, reflexo combinado de câmbio, clima e valorização da commodity.
O que observar
A cotação do dólar depende de fatores como política monetária dos Estados Unidos, riscos globais e confiança dos investidores. Para produtores, é importante acompanhar a taxa de câmbio ao fechar contratos futuros. Para consumidores, entender que um café mais caro nem sempre é culpa de aumentos injustificados ajuda a contextualizar o preço nas cafeterias. Leia também por que o preço do café está alto em 2025 e veja outros fatores de mercado.