
Você já ouviu falar no café do jacu? Considerado um dos cafés mais raros e caros do mundo, ele é produzido a partir de grãos ingeridos e excretados pelo jacu, uma ave típica da Mata Atlântica. O processo é semelhante ao do kopi luwak indonésio, feito com civetas, mas no Brasil as estrelas são aves silvestres do gênero Penelope.
Como é produzido
Os jacus se alimentam de cerejas de café maduras nas fazendas de Espírito Santo. Após a digestão, os grãos intactos são recolhidos do chão, lavados, secos ao sol e cuidadosamente torrados. Esse “processamento natural” confere sabor suave e livre de amargor. A produção é artesanal e limitada, pois depende da ação dos pássaros.
Quanto custa?
Pela raridade e pelo trabalho envolvido, os preços são astronômicos. Um pacote de 150 g de café do jacu pode custar mais de R$ 60, enquanto uma saca de 60 kg ultrapassa R$ 30 000. O grão é vendido em microlotes para cafeterias gourmet no Brasil e no exterior.

Outros cafés especiais
O mercado brasileiro tem se destacado na produção de microlotes premiados. Além do jacu, cafés geisha de Minas Gerais e microlotes fermentados têm conquistado baristas e consumidores exigentes. Esses produtos valorizam o trabalho do produtor e mostram a diversidade da cafeicultura nacional. Saiba mais sobre as características dos grãos em nossa página Arábica x Conilon.